segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

VI

Um dia quando menos esperas acordas e percebes que a tua vida continua na mesma e que algo tem de mudar, que tudo o que acontece vai levar-te exactamente à mesma história apenas com personagens diferentes.
A grande diferença é que agora já sei como acaba a história... ou pelo menos cada célula do meu corpo diz-me que é assim que vai acabar. A mudança tem de acontecer...

Sento-me aqui e luto contra a ideia da inevitabilidade.


Se todas as permissas se alinham, se as condições são as mesmas salvo uma ou outra excepção, como será possível que o resultado seja diferente? Lá está a grande dúvida que me atormenta os sonhos e os pensamentos.

Será que as pequenas excepções fazem toda a diferença? Será que influenciam a história para melhor ou pior?

Nunca acreditei em destino e dou por mim a pensar que estou condenada a um apenas, que é inevitável fugir ao que me está destinado.

Quero tanto acreditar que não será assim e parte de mim quase que acredita até ao momento em que mais uma peça, mais uma frase, mais uma acção me leva de volta à história que já conheço e que tanta dor me causou.

Sento-me aqui com o coração nas mãos e com esperanças que desejo que não sejam infundadas, que no fim não vou acabar a história como vilã, que não vou ficar a observar as vidas dos outros a desejar fosse a minha e que não vou morrer estéril num canto escuro qualquer.


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